Vivo reverte queda de participação de mercado

O balanço trimestral do mercado de telefones celulares encerrado em março, com 273,5 milhões de linhas ativas no país, manteve a Vivo à frente de suas concorrentes, com 28,68% de participação. Apesar da pequena vantagem em relação à vice-líder TIM, de apenas 1,66 ponto percentual, foi a primeira vez que a Vivo mostrou uma evolução positiva desde 2010. A tele encerrou aquele ano com 29,71% de fatia dos serviços móveis, 4,57 pontos percentuais à frente da TIM. O percentual da líder foi caindo ano a ano, sem qualquer recuperação até agora.
Além disso, a Vivo foi a única entre as quatro grandes operadoras que conseguiu aumentar sua participação em relação ao quarto trimestre do ano passado: o aumento foi de 0,19 ponto percentual, para 28,49%. As rivais perderam mercado. A TIM recuou 0,07 ponto percentual e ficou com 27,02%; a Claro caiu 0,21 ponto percentual, para 25,13%; e a Oi ficou com 18,49% (menos 0,03 ponto percentual).


Só as pequenas cresceram. A CTBC ganhou 0,02 ponto percentual (0,24% de participação) e a Nextel dobrou sua fatia, de 0,12% para 0,24%. Embora não represente ameaça para as concorrentes, a Nextel demonstra que vem se recuperando aos poucos, principalmente a partir do acordo com a Vivo para uso de sua rede de terceira geração, da troca de gestão e da revisão estratégica, o que se reflete nos resultados.
O cenário mostrou-se favorável à Vivo. Tanto que a corretora Ativa tem recomendação "positiva" para a operadora e "neutra" para TIM e Oi. A corretora baseou-se na eficiência da tele por adições líquidas no segmento pós-pago, com crescimento de 0,20 ponto percentual, para 40,59%. Nesse caso, houve expansão de 1,71% na comparação mensal e de 27,6% na anual. Além disso, destacou que a empresa conseguiu manter seus clientes pré-pagos.
Mas a situação da Vivo ainda não é confortável. Na comparação entre o primeiro trimestre de 2014 e o de 2013, a operadora apresenta uma fatia menor neste ano. No primeiro trimestre de 2013 estava com 28,78% de participação. A TIM cresceu na comparação anual, pois registrava 26,98%, bem como a Claro, que registrava 25,11%. O declínio fica por conta da Oi, que detinha 18,74%.
Em sua avaliação sobre a TIM, a Ativa calculou uma desaceleração no aumento da base pós-paga da companhia, "apesar de obter a maior base de clientes pré-pagos, podendo utilizar uma estratégia para migração de seus próprios clientes de um segmento para o outro". A corretora destaca o aumento de 0,08% em adições líquidas no pós-pago, para 10,2 mil linhas, com expansão de 11,9% na comparação anual. No pré-pago, houve registro de 265,3 mil adições líquidas, com alta de 0,43% de um mês para o outro, e de 2,3% em 12 meses.
A medição indicou melhora no pré e no pós-pago da Oi, "invertendo a tendência ruim que obteve em períodos anteriores, porém em ritmo fraco". No pós-pago, a operadora apresentou alta de 0,89% de adições líquidas na comparação anual, e de 0,33% na evolução mensal do pré-pago. É a última colocada no pós-pago, com 13,92%.
Para a Ativa, o setor de telecomunicações mostra que continua resistindo aos choques provocados por um cenário macro mais deteriorado, com a base de clientes com crescimento mais forte que o PIB, na comparação anual. Por isso, a corretora atribui uma avaliação "marginalmente positiva" ao setor.
Em seu relatório, assinado pelo analista Lenon Borges, a Ativa considerou também que o pós-pago, que garante maior receita às operadoras e maior previsibilidade de caixa, continua em forte elevação, acima de dois dígitos na medição anual, e o pré-pago registrou números satisfatórios.

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